Saturday, October 31, 2009

JOÃO PAULO FALA SOBRE A CANDIDATURA DE JAMPA EM ENTREVISTA AO DIÁRIO



O ex-prefeito do Recife e provável candidato a senador, João Paulo, fez uma longa entrevista ao Diário de Pernambuco, na qual comenta a candidatura de Jampa. De certo modo, a entrevista mostra como a proposta desse blogue tem atingido o seu objetivo: que é o de discutir seriamente a candidatura de Jampa, suas ideias, suas possibilidades de discursos e os espaços que poderia ocupar na política pernambucana. A tendência é que o debate ganhe ainda mais densidade. A candidatura de Jampa, que começou a ser esboçada na conversa e estímulo dos inúmeros amigos que conhecem sua inequívoca capacidade de liderança e articulação, adquire uma dinâmica ainda mais robusta e passa a ser discutida por vários segmentos sociais e atores políticos de Pernambuco.

Segue abaixo trecho da reportagem que trata de Jampa e sua possível candidatura:


Candidatura do filho

Me pegou um pouco de surpresa. Ele (João Paulo Filho) me consultou sobre essa questão, mas foi consulta de quem está muito convencido de que deva ser candidato. Eu pedi a ele para cuidar do seu doutorado e da empresa JPLS. Ele me disse que está terminando o doutorado em fevereiro. Eu senti que está havendo muita simpatia em torno do nome dele. Diversas pessoas têm me procurado, sinalizando que quer apoiar. Se ele for candidato vou ajudar como vou auxiliar outros nomes do PT.

Ciúmes

Acho que a candidatura de João Paulo não causará ciúmes. A relação tanto com Múcio Magalhães quanto com Oscar Barreto (candidatos a deputado estadual) é uma relação muito politizada, sem ciumeira. Isso não trará dificuldades, até porque acho que teremos um espaço grande a ocupar. São espaços distintos, mas que se completam.

PS - Na Folha de Pernambuco também foi publicada matéria sobre as articulações políticas de Jampa.

Tuesday, October 27, 2009

JAMPA 2010 - VIOLÊNCIA URBANA : POR UMA NOVA NARRATIVA

A questão da violência urbana é discutida em muitas arenas, das rodas de amigos à esfera pública, constituindo-se num problema que atinge a todos e para o qual muitos têm opiniões de como resolvê-lo. No entanto, o tema da violência urbana ainda não ganhou a narrativa correta, que expresse e traduza toda a sua urgëncia e calamidade. Nós, amigos de Jampa, acreditamos que sua candidatura seria instrumental para vocalizar essa nova narrativa.

Só este ano em Pernambuco,
3348 cidadãos brasileiros foram vítimas de homicídio. No mês de outubro, que chega ao fim agora, 277 pessoas morreram assassinadas em nosso estado. O governo comemora a diminuição dos índices (afinal, no último ano do governo Jarbas-Mendonça foram vítimas de homicídio nada menos que 4638 pernambucanos), mas os números são ainda absolutamente inacetáveis, sobretudo quando os colocamos numa perspectiva maior.

Só para se ter uma ideia: No chamado "Conflito Israel-Palestina" foram mortos, entre 2000 e 2009, 6348 palestinos. A opinião pública internacional, com toda razão, considera essa situação insustentável e absurda.
Em dois anos, são mortas mais pessoas em Pernambuco do que durante nove anos na Palestina. Segundo Nilmário Miranda , no seu livro Dos filhos deste solo, 424 pessoas foram mortas pela ditadura brasileira (1964-1985). Até hoje lembramos esses mortos como símbolos de uma época para qual jamais devemos retornar. Pois bem, no estado estado de Pernambuco, em apenas 2 meses, chegamos a um número de mortes maior do que aqueles cometidos pelos fascínoras da dituradura brasileira em 20 anos.

Todos esses números mostram a calamidade em que vive Pernambuco, a despeito de todas as tímidas melhoras nos índices de violência dos últimos anos. A verdade é: um contingente de 4 mil pobres são assassinados anualmente em Pernambuco. É necessário estabelecer uma nova e mais acurada narrativa sobre a violência pernambucana em que se evidencie quem são suas principais vítimas (os cidadãos que moram em áreas mais carentes) e o sentimento de urgência para combater esse problema, tendo em vista a magnitude impressionante de homicídios em nosso estado.

A situação dos inaceitáveis índices de violência em Pernambuco lembra a anedota em que uma família passa a viver com um imenso elefente mal-cheiroso em sua sala. No começo, é um pouco desconfortável, mas depois todos se acostumavam com seu tamanho e com sua sujeira a ponto de torná-lo invisível. É necessário que alguém grite, lá na Assembleia Legislativa, todos os dias que há um imenso elefante na nossa sala. A candidatura de Jampa poderia articular essa nova narrativa, de que tantos necessitamos.


Monday, October 26, 2009

LUCIANA AZEVEDO APOIA JAMPA!


Do blogue da Folha:

A presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo (PT), desistiu de ser candidata em 2010. Ao mesmo tempo, a petista já decidiu quem receberá seu voto e apoio para deputado estadual: João Paulo Lima e Silva Filho, o Jampa (PT). Filho do ex-prefeito do Recife João Paulo, Jampa se lançara pela primeira vez em uma corrida eleitoral.

A candidatura de Jampa vem ganhando adesão de vários segmentos sociais e também de outros atores políticos. Temos a honra de anunciar que um dos melhores quadros da política pernambucana também se juntou ao nosso grupo. A presidente da Fundarpe, Luciana Azevedo (PT), ligou para Jampa nos últimos dias, e com entusiasmo declarou apoio a candidatura de Jampa à Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Luciana Azevedo está escrevendo um depoimento no qual vai expor os motivos que a levam a apoiar a candidatura de Jampa e as razões que fazem de Jampa um candidato único no horizonte político de Pernambuco. Esse depoimento será publicado em muito breve aqui neste blogue. Aguardem!

Friday, October 23, 2009

Um desafio ao amigo


(Esse post foi escrito por um amigo que conhece Jampa desde a infância)


Faz parte de uma memória que parece viva na minha cabeça. Estávamos nos dirigindo à minha sala, do terceiro ano do Marista, logo depois da semana em que fechamos a escola para protestar contra o fechamento do Primeiro Grau Menor.

Jampa falava muito criticamente dessa pressão familiar para que sucedesse o seu pai politicamente. Um sentimento, que pela própria vocação de João Paulo Filho, existe nos amigos e petistas desde que ele era criança.


Na minha empolgação pela minha primeira luta real, liderada por ele, não poupei elogios. “Acho que você tem muito mais vocação para ouvir as pessoas, seria um líder muito mais verdadeiro”. Estava começando ali minha trajetória de críticas ao PT, justamente na observação de uma postura diferenciada.


Depois daquilo, João Paulo foi eleito prefeito do Recife e Jampa decidiu ir estudar na Europa. Poderia ter sido o melhor ou o mais votado deputado estadual de Pernambuco numa eleição que ocorreu há oito anos, mas preferiu fortalecer sua bagagem intelectual e de vida.


Tendo iniciado seus estudos na UR-6, passou por dificuldades no Marista e conseguiu vencer no mundo acadêmico. Comemoramos juntos quando ele passou no vestibular da UFPE, depois viria o Mestrado na França e agora o Doutorado em Sociologia, novamente na melhor Universidade de Pernambuco.


Por mais que tenhamos nos afastado, e hoje nem sei se ele concorda em me colocar como amigo dele, me sinto à vontade para expor um sentimento que vem de dentro de mim. Jampa hoje tem o desafio e a capacidade para fazer mais e melhor do que a geração do seu pai.


Ele é o primeiro líder político pernambucano que tem realmente uma vida na internet. Conhece e vivencia o que pode ser uma das mais importantes ferramentas de participação popular no controle das políticas públicas e também no processo eleitoral.


Teve o distanciamento necessário para fazer a crítica dos erros e acertos de condução política durante os oito anos de gestões exercidos por Lula e por João Paulo, em Brasília e em Recife, e agora por João da Costa. E tem capacidade e discernimento para fazer melhor.


No entanto, acredito que Jampa só deve ser candidato se tiver liberdade para buscar traçar um novo caminho na sua candidatura. Buscando um novo perfil de eleitor, abandonando o uso dos cabos eleitorais pagos, criando novas maneiras de captar recursos e retomando práticas solidárias que fizeram o sucesso das primeiras campanhas petistas. Só assim ele conseguirá manter um padrão de independência no exercício do Poder Público também.


Para o futuro senador João Paulo isso significará um risco de derrota eleitoral do seu filho, mas será também uma liberdade muito maior para negociar os apoios de parlamentares à sua candidatura, pois suas bases estarão livres.


Depois de eleito, imagino um parlamentar corajoso para questionar a Assembléia e os outros poderes por fazerem pouco e gastarem muito. Tipo de problema tão difícil de ser resolvido que nenhum político ousa enfrentar hoje em dia. Mas também um mandato voltado para questões objetivas, que deveriam estar sendo analisadas pelos deputados estaduais.


Uma problemática que Jampa conhece e vivenciou é a questão da regularização dos territórios de Recife e Jaboatão. É obrigação constitucional da Alepe definir isso, mas até hoje falta competência, capacidade de negociação e coragem aos parlamentares para enfrentar. E quem sofre é o povo das duas cidades.


Conheço e afirmo, ele tem trajetória própria e capacidade para ouvir, se influenciar e tomar decisões. Espero que se dê a oportunidade desta candidatura.

Thursday, October 22, 2009

JAMPA 2010 - Por uma ocupação democrática do espaço público

Essa semana li um post num blog local (leia aqui) sobre a preocupação do setor turístico com a falta de hotéis na cidade do Recife. Turismo é um setor dinâmico e que gera empregos, e tal fato deve realmente gerar preocupação.



Mas é importante tentar entender a origem do problema. A cidade vem passando por um processo de verticalização desenfreada. O setor da construção civil é um dos mais poderosos na economia pernambucana. É, portanto, curioso que estejamos enfrentando o problema da falta de hotel. E é sintomático que a preocupação expressa nesse blog local seja especificamente com a falta de quartos de hotel. A verticalização desenfreada consequente da construção de moradias de classe-média são um lado da moeda. O outro lado tem vários componentes, dos quais a questão hoteleira é menor. Mais de 50% da população recifense vivem em favelas. É um número assombroso, principalmente se lembrarmos que o setor da construção civil é um dos mais dinâmicos do estado. Com tantos prédios sendo feitos, por que não estão sendo construídas obras para atender a outras demandas – como a de moradias das classes populares ou quartos de hoteis?



A resposta é simples: legislação. Temos uma legislação de ocupação urbana extremamente permissiva e liberal, sem controle ou planejamento. Cabe ao Legislativo buscar uma solução pra essa questão que afeta os mais diversos setores da sociedade pernambucana. Jampa, como cidadão dos dois mundos recifenses, entende bem a necessidade de se pensar uma ocupação urbana holística, que pense na cidade como um todo. Ou mesmo no Estado. Agora que, finalmente, Pernambuco vem crescendo como há séculos não acontecia, com muitos investimentos produtivos de longo prazo e espalhados no território do Estado, é fundamental pensarmos em como esse crescimento econômico se refletirá na ocupação territorial.



É importante que a degradação urbana vivenciada em Recife, decorrente de pelo menos três décadas de crescimento desregrado, não se repita no resto do Estado. Uma lei racional, que sane as disfunções do mercado imobiliário, que crie incentivos para um desenvolvimento sustentável e que garanta moradia e qualdiade de vida para todos os cidadãos pernambucanos, e não apenas para uma pequena parcela em detrimento dos demais, é essencial. A regulamentação do Estatuto da Cidade é um passo primordial nesse sentido. E trazer a questão da ocupação urbana, a divisão justa do espaço público, para o topo da agenda pública estadual é um papel que a candidatura de Jampa pode empenhar. Essa bandeira não tem representante na política pernambucana. Isso tem deixado órfãos inúmeros pernambucanos que se inquietam com a degradação da qualidade de vida nas grandes cidades pernambucanas e, no entanto, não se veem representados no sistema político. Agora, têm uma escolha.



Wednesday, October 21, 2009

JAMPA 2010 - A IDEIA SE PROPAGA...




Há poucos dias iniciamos esse blogue e, pelo visto, a nossa ideia de discutir a candidatura de Jampa já vem ganhando eco na sociedade pernambucana de uma forma bastante veloz. O blog da Folha de Pernambucana já noticiou o nosso blogue. O Diário de Pernambuco, em matéria publicada ontem também repercute a possível candidatura de Jampa.

A ideia vai se propagando. Na matéria do Diário de Pernambuco, Jampa disse que o apelo dos amigos o tem feito pensar na possibilidade da candidatura com mais seriedade. Espero que ele perceba que lentamente a candidatura vai deixando de ser um apelo dos amigos e vai ganhando dinâmicas inesperadas e surpreendentes.


JAMPA 2010 - POR UM OUTRO JEITO DE FAZER POLÍTICA

Em 2010 estaremos diante de mais uma eleição presidencial, na qual estaremos lutando pela continuidade de um projeto que vem dando muito certo. É o projeto do PT, cujo governo, liderado pelo maior expressão da política brasileira moderna, Lula, diminuiu como nenhum outro governo nossa terrível desigualdade social e empoderou setores historicamente marginalizados da população. Ainda que todo esse processo tenha um líder claro, o projeto do PT é resultado de sonho e do suor coletivos, no qual cada um desempenha uma função, por mais modesta ou complexa que seja.

Acreditamos que essa cultura política do PT faz da candidatura de Jampa algo diferente, se comparada a de tantos outros filhos de políticos que acabam ingressando na vida pública. Muitos filhos de políticos representam tão-somente os interesses de seus clãs, na pior tradição do patrimonialismo brasileiro: são porta-vozes de seus próprios umbigos, utilizando-se do aparelho estatal para obter benefícios privados. No caso de Jampa, ele é mais um soldado do Partido, lutando para, no âmbito modesto mas importantíssimo da Assembleia Legislativa de Pernambuco, ajudar o PT no combate às desigualdades sociais e no reconhecimento de setores historicamente marginalizados do país.

Cremos que a disciplina partidária e ideológica do PT distancia a candidatura de Jampa de qualquer arroubo familista, tão comum na política nordestina. E como mostramos, e mostraremos ainda mais, os méritos pessoais do candidato tornam nosso argumento ainda mais forte.


Monday, October 19, 2009

JAMPA 2010 -POLÍTICAS PARA JUVENTUDE PERNAMBUCANA...E PARA PERNAMBUCO!




Nada mais corriqueiro hoje que a figura do político "setorialista". Aquele militante da educação, do meio ambiente, da saúde e da juventude. Pensemos no caso da ex-vereadora Soninha que consagrou na política exatamente por essa inserção. O perigo de "setorializar" a política é cair na especialização pura e simples, perdendo a noção holística do processo, que é inerente à verdadeira política.

Ao se mostrar alinhado às necessidades e anseio da juventude pernambucana, Jampa deve evitar a armadilha da setorialização. A candidatura enfoca na juventude pois esse é um problema que, na trajetória de vida de Jampa, tem mais chamado sua atenção e inquietado seu espírito. Jampa entende o desafio de pensar a juventude e seus problemas como uma maneira de ganhar uma perspectiva para entender problemas mais abrangentes que atravessam toda a sociedade: direitos humanos, educação, primeiro emprego, direitos reprodutivos e segurança. Todos esses temas podem e costumam ser tratados setorialmente, mas que ganham um ponto de articulação quando pensamos em políticas públicas para a juventude.

Creio que uma das possíveis contribuições dessa candidatura seria apresentar um político com inserção concreta na sociedade, mas com a capacidade de articular temas mais abstratos e gerais, sem cair em platitudes.

Saturday, October 17, 2009

JAMPA 2010

Este blogue tem o objetivo de propor a discussão da candidatura de Jampa à Assembléia Legislativa de Pernambuco em 2010. Para que isso seja feito, é necessário esclarecer quem somos, e porque achamos que Jampa é uma candidatura não só viável como desejável para as eleições de 2010.

QUEM SOMOS NÓS?

Esse blogue é escrito por amigos de Jampa e de sua candidatura. Tivemos a oportunidade de conhecer Jampa em diferentes contextos: seja na vizinhança onde ele morou, na escola onde estudou, na faculdade onde se formou e em diferentes contatos pela cidade do Recife.

QUEM É JAMPA?

João Paulo Lima e Silva Filho, conhecido por todos como Jampa, nasceu no Recife e passou boa parte da infância na UR-6. Estudou no Colégio Marista da Boa Vista e formou-se em sociologia na Universidade de Nancy na França. Atualmente está terminando seu doutorado em sociologia na Universidade Federal de Pernambuco. É filho do líder popular mais expressivo de Pernambuco, o ex-prefeito João Paulo.

POR QUE JAMPA?

Crescido entre o Ibura e os colégios de classe média do Recife, Jampa sempre teve consciência do privilégio de ter vivido uma realidade diferente de seus amigos de infância. Muitos deles morreram vítimas da violência que assola nossa cidade, sobretudo suas regiões mais pobres. Não seria exagero afirmar que a vida de Jampa tem se valido do constante esforço de usar o privilégio - da educação, por exemplo - a serviço de uma visão de mundo na qual o privilégio de poucos ceda espaço ao direito garantido de todos. Foi levando essa visão de mundo em consideração que entrou no curso de ciências sociais da UFPE em 1998, graduou-se em sociologia e fez seu mestrado na França. Desse modo, pôde refinar sua visão crítica da sociedade, credenciando-se para hoje entrar na cena política pernambucana.

Além das credenciais intelectuais, Jampa tem méritos que não foram adquiridos nos bancos universitários, mas na sua peculiar trajetória de vida. Exatamente por ter sido criado nessa zona fronteiriça entre a classe média e a pobreza, Jampa é capaz de sentir empatia por diferentes grupos sociais, o que o habilita a ser um mediador nato.

O preparo intelectual e sua empatia em relação aos jovens mais necessitados fazem de Jampa um político com potencial único em Pernambuco. Ao unir vivência de classes tão díspares, e sintetizar qualidades geralmente atribuídas a pessoas de diferentes segmentos sociais, Jampa representa algo novo na política pernambucana.

Esse blogue pretende discutir essa novidade e convidar o povo pernambucano a também analisá-la.