Întegra da Carta
Prezados Marcos Bahé e Pierre Lucena,
Hesitei bastante antes de escrever uma resposta ao post escrito por Pierre Lucena a meu respeito no dia 13 deste mês. Pela qualidade do tratamento que me fora dado, achei que não mereceria resposta porque para as pessoas de inteligência que, julgo eu, frequentam o seu blogue, no ato mesmo de leitura do expediente utilizado, já perceberiam com exatidão a sua má vontade, e atentariam para seu comportamento inadequado.
Foi em respeito a seus leitores que resolvi responder. E isso porque eles têm o direito de saber com mais detalhes o que é que foi errado naquilo que foi posto. E se o blogue tiver o mínimo de dignidade, vai publicar minha resposta em post, usando o mesmo espaço utilizado de maneira mesquinha para falar de minha pessoa de maneira desrespeitosa.
Eu já reclamei aqui nesse mesmo blogue das ilações feitas a meu respeito. Na época o motivo tinha sido uma previsão futurológica (não sei se resultante de análises estocásticas) que previa que eu seria um “Lulinha” (que fora acusado de inúmeras coisas) insinuando que aproveitaria das ligações de meu pai para enriquecer meu cofre pessoal. Com base em que essas coisas foram ditas? Toda preocupação jornalistica se resumia ao expediente do achismo mais puro e absoluto, fazendo ilações totalmente despropositadas em relação a mim.
E agora a coisa não muda de qualidade. O expediente que você usa tem mesmo o cunho pequeno, mesquinho. Você poderia dizer essas mesmas coisas de maneira bem mais honestas se apenas explicitasse sua discordância na ordem da política. Você tem todo direito de achar uma idéia horripilante a cadidatura do filho de alguém que você abomina politicamente. É por ter essa consciência que repito que o está fora de decoro é a maneira jocosa e caricatural de tratar uma pessoa que você nem conhece nem procurou saber nada a respeito dela, usando informações incompletas, para assim expressar suas ideias “refinadas” a meu respeito. O que está errado é o uso covarde de meias informações, fazendo isso sob o pretexto de sempre poder se esconder por trás da falsa desculpa de que o espaço é “apenas um blogue” e você não é jornalista. Ora, convenhamos, o que está em jogo aqui é justamente a qualidade do Acerto de Contas. Que por sinal, como você pode notar, é um blogue que acompanho, que vejo alguma qualidade nele, do ponto de vista jornalistico, principalmente nos posts do seu amigo Bahé.
Ao escrever de modo jocoso, desrespeitoso e caricatural, que resposta você espera de seus leitores? Muitos virão, num efeito manada, concordar com você. Outros, inconformados com o tom desnecessariamente agressivo, reagirão com a mesma animosidade. Tanto a adesão quanto à oposição a seus argumentos, num contexto desses, acabam se caracterizando pela baixíssima qualidade intelectual. Que tipo de debate você pensa em fomentar com isso? Você tem todo direito em criticar a minha candidatura. Como eu tenho o direito de tentar convencer às outras pessoas que minha candidatura não é um epifenomeno do filhotismo que assola a política pernambucana. A grande contribuição que nós, políticos, intelectuais e jornalistas podemos dar à esfera pública pernambucana é um debate racional, fundamentado em fatos e pautado pelo respeito e tolerância mútuos.
Atenciosamente,
Jampa (meu nome não é JPLS Júnior)
1 comment:
Será que passa de cem comentários lá no Acerto de Contas?
Puchkin
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